Estava frio as folhas faziam um bailado ritmado à minha frente, eu descalço caminhava sem destino, apenas com um sentido, o de não voltar. Os pássaros brincavam com uma pequena semente de girassol, as flores acordavam para mais um dia, embelezando os canteiros com uma variedade imensa de cores, um cão brincava com o seu dono e uma pequena bola de trapos. Eu não sentia o frio pois por dentro já estava gelado, a magoa de partir, tinha abafado as últimas labaredas que habitavam dentro de mim, com os cabelos ainda emaranhados de uma noite mal dormida. Sentia o meu coração a tentar acertar uma batida que já era incerta há muito tempo, as minhas veias secavam lentamente, como secara o riacho do fundo da rua, tinha um olhar distante, e sem o brilho que reinara antes.
Amigos...onde estavam eles???? Talvez no local para onde eu vou, se fosse um elefante agora caminhava para o vale da morte. Pode parecer triste, mas nunca desejei ser o ultimo, nunca pedi esse castigo a ninguém, uma menina com um vestidinho cor de rosa sorriu, o sol apareceu, a caminhada parecia mais fácil, mas não, era aquela caminhada, a da despedida.
Queria passar em todos os locais que me roubaram sorrisos, onde troquei abraços, onde recebi carinhos.
As minhas rugas, escondiam anos de histórias de vivências, em cada uma delas estava um amigo, que o meu corpo gélido, teimava em aquecer. Mas como pode alguém aquecer outro, quando ele próprio já não tem chama...
Já não sentia as pedras espalhadas no chão, os vidros do candeeiro, nada. Como posso eu estar tão despojado de sentimentos, como posso eu ficar, se tudo o que tinha já partiu...
Amigos...onde estavam eles???? Talvez no local para onde eu vou, se fosse um elefante agora caminhava para o vale da morte. Pode parecer triste, mas nunca desejei ser o ultimo, nunca pedi esse castigo a ninguém, uma menina com um vestidinho cor de rosa sorriu, o sol apareceu, a caminhada parecia mais fácil, mas não, era aquela caminhada, a da despedida.
Queria passar em todos os locais que me roubaram sorrisos, onde troquei abraços, onde recebi carinhos.
As minhas rugas, escondiam anos de histórias de vivências, em cada uma delas estava um amigo, que o meu corpo gélido, teimava em aquecer. Mas como pode alguém aquecer outro, quando ele próprio já não tem chama...
Já não sentia as pedras espalhadas no chão, os vidros do candeeiro, nada. Como posso eu estar tão despojado de sentimentos, como posso eu ficar, se tudo o que tinha já partiu...
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