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Mostrando postagens de julho, 2018

Respirar doi...

Não sei porquê lá fora um calor tremendo, e eu aqui a tremer de frio. As lágrimas parecem congelar ao sair dos meus olhos, ao cair batem no meu coração transformando o frio numa dor terrível, que consegue aniquilar os meus esforços para respirar. Dói, dói tanto querer sair de um corpo que me faz sentir aprisionado, que me faz perder o melhor de mim. Tanto que eu gostava de poder voar mas,  o que me acorrenta é mais forte do que que aquilo que me liberta. A cada tentativa de respirar mais um golpe, mais um olhar triste mais um dia, mais uma semana, mais uma vida, tudo somado dá em nada! Tento abrir uma janela para que a onda de calor que invade tudo e todos derreta de vez as minhas lágrimas, mas como pode secar um rio se a nascente é forte? Tenho que sair daqui, sinto que estou fechado num buraco bem fundo a tentar respirar por uma palhinha frágil como eu. Porque tem que ser cruel este mundo, porque tem que ser crucificado o meu desejo. Volto o meu olhar para o céu, espero uma

Longe demais...

Chuvia, as minhas pernas cansadas ainda pendiam e tropeçavam uma nas dificuldades da outra. As pedras pareciam ter vida, os seus braços agarravam os meus pés, e cada passo era uma luta igual àquela que eu travava com os meus pensamentos. A minha vida estava mais emaranhada que a mais complexa teia de aranha, não conseguia pensar uma simples sequência de lembranças que me fizessem sorrir. A pouco e pouco alguns metros de rua iam ficando para trás. Não queria estar ali, a ser alimentada pelos sorrisos, pelas palavras vazias, pelas sequências intermináveis de palavras tolas de um parvo qualquer. Não posso esconder o sentimento forte que me prende, tento lutar para as lágrimas não caírem em trambolhões dos meus olhos que teimam em não desviar dos olhos dele. Não sei o que me prende aqui, não sei ou tento acreditar que não sei. O meu coração, sim esse tolo, que se apaixonou pelo coração errado, um coração que não caminha sozinho, um coração bonito, amigo mas, tolo. Digo tolo porque me

Sonho...

Não sei o que me esmaga o peito! Não sei o que me tira o sono! Não sei o que me mantém acordado, quando quero, quando o corpo me pede para dormir!!! Apetece-me gritar, gritar bem alto mandar tudo o que consome por dentro para longe, para lá do pensamento!!!! Sinto o meu coração a lutar para bater, entre cada batida uma respiração forçada. Visto um casaco, calço uns tênis e encontro aquela que foi minha aliada, a minha confidente durante anos. A estrada com os seus altos e baixos, com as suas curvas, que eu já conheço como as minhas rugas, consegue equilibrar as minhas ansiedades, os meus medos, as minhas lágrimas. Corro como se o amanhã fosse apenas algo apenas no meu pensamento, o suor abraça a minha dor tenta levá-la para bem longe. Fui obrigado a parar, o meu peito parece explodir, amaldiçoada noite, que me trás estes pensamentos, amaldiçoado coração que foste traído mais uma vez, amaldiçoados olhos, que foram olhar naquela direção. Voltar com o tempo para trás seria uma sol

Sozinha e triste!!!

Um leve encontrão bastou para olhar para os teus olhos, estavam amargurados, estavam sozinhos, estavam perdidos. Tentei apanhar as lágrimas que eles abandonavam, mas elas fugiram entre os meus dedos, tentei desviar os teus cabelos mas, tu não querias deixar que essa tristeza fosse o motivo a minha aproximação. Queria dar-te colo, queria sentir a tua voz embrulhada perto do meu ouvido, queria ser o motivo dos teus sorrisos, mas...tu sabes que o que nos separa é um mundo de cacos que juntos constroem um muro, e me deixam longe de ti. Tens que ser forte, mesmo que estejas destruída, tens abrir os olhos, tens que ver que vale a pena lutar, lutar pelos que olham para ti com inocência, aqueles que ainda querem o teu colo, aqueles que parece estarem perdidos nessa tua batalha, mesmo de rastos tens que os abraçar, tens que os mimar, depois dá um grito de revolta e parte para a tua guerra, para aqueles que vão ser os teus novos horizontes. Hoje eu sei que não és tu, aquela pessoa que está a

Fui...

Existem momentos em que perdemos o chão, mas temos que arranjar força para continuar a andar. Existem momentos em que perdemos o ar, mas temos que arranjar força para continuar a respirar. Existem momentos em que perdemos tudo, e temos que voltar a nascer. A vida é dura e não nos permite viver como queremos, apenas podemos imaginar o que seria a nossa vida se podessemos viver. Olho em vão para o infinito à procura de como seria, como queria , como poderia ser. Olho mas não vejo nada, apenas um tremendo aperto no peito, vasculha os meus sentimentos, um sentimento amargo, irritante, que me invade, que me dá vontade de fugir, de me agarrar aquele que seria o meu momento. Todos temos aquele momento, que passa uma vez em cada década, quando passa, quando não fica preso na curva da falta de coragem, todos temos aquela coragem mas...não percebemos qual o momento exato para a utilizar. Não vou chorar, pelo menos para fora, não vou gritar, vou simplesmente cair, ficar de joelhos no chão e

Será...

Existem momentos em que a vida parece congelar, em que os sentimentos deixam de fluir de forma natural. Existem momentos em que deixo de ser eu, de pensar em todos aqueles que juntos, justificam a razão da minha existência. Não existe regra, não existe caminho, não existe choro. Quero voar. quero nadar, quero correr, quero ser eu, quero viver!!! Sorrir para não chorar, dizer tudo o que me vem à cabeça para ver o teu sorriso, para me chamares tolo, para dizeres que eu não existo. E será que eu existo???? Será que consegues ver a minha transparência, gosto de sentir o vento provocado pelos meus pensamentos, gosto de sentir os teus lábios a tocar os meus, gosto de ver o teu sorriso, gosto da forma natural como me agarras, gosto de viver a dois, gosto de sentir a dois, de passear a dois, de sorrir em grupo!!! Gosto de viver mas...será que consigo viver??? Gosto de ver os palhaços no circo , pois representam aquilo que sinto diariamente, sem mascara, sem gargalhadas, sem publico, ape