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Esperança...

Acordar, viver, sentir, polir o nosso dia à dia como se de uma esmeralda se tratasse. O seu verde guia-nos, num mar de sentimentos de revolta, de mágoa, de fim de linha.
Uma linha frágil que nos separa de tudo o que queremos, a batida nos nossos corações acompanha a nossa respiração, não sabemos quando eles se voltam a cruzar, ou simplesmente se voltam.
 Hoje acordei num hotel de cinco estrelas, por baixo um rio repleto de folhas de plátano, nas traseiras um lindo jardim, coberto por uma longa aba de mil cores. No meu pensamento estavam todos aqueles mendigos, que dormem no chão, nas suas caixas de papelão. Como será o seu acordar, como serão os seus sonhos, se é que têm sonhos, desejos todos temos, independentemente da nossa classe social, do local onde dormimos, do local onde acordamos.
Eu viajo pelo mundo, um mundo que é meu, com as minhas alegrias e os meus desejos!!!
Quero tudo, pois para mim o que tenho não me chega, mas depois penso nos homens e mulheres de papelão, e choro, choro lágrimas de sangue, pois elas não vêm dos meus olhos mas sim do meu coração.
Quando acordo junto do mar vermelho, penso que sou rico, penso que sou eu, ou o que fui... a esperança nunca me abandonou, mesmo dormindo no banco de um jardim!!!!

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