Não sei o que me esmaga o peito!
Não sei o que me tira o sono!
Não sei o que me mantém acordado, quando quero, quando o corpo me pede para dormir!!!
Apetece-me gritar, gritar bem alto mandar tudo o que consome por dentro para longe, para lá do pensamento!!!!
Sinto o meu coração a lutar para bater, entre cada batida uma respiração forçada.
Visto um casaco, calço uns tênis e encontro aquela que foi minha aliada, a minha confidente durante anos. A estrada com os seus altos e baixos, com as suas curvas, que eu já conheço como as minhas rugas, consegue equilibrar as minhas ansiedades, os meus medos, as minhas lágrimas.
Corro como se o amanhã fosse apenas algo apenas no meu pensamento, o suor abraça a minha dor tenta levá-la para bem longe.
Fui obrigado a parar, o meu peito parece explodir, amaldiçoada noite, que me trás estes pensamentos, amaldiçoado coração que foste traído mais uma vez, amaldiçoados olhos, que foram olhar naquela direção.
Voltar com o tempo para trás seria uma solução, mas também não quero, não quero perder esta dor, quero lutar para me habituar a viver com ela, mas não quero que isto tenha sido apenas um sonho.
Se foi...foi um sonho bom!!!!
Existem olhos que não vêm mas choram, tal como existem caminhadas de um só lugar. Tens o coração magoado e guardas essa dor só para ti, guardas as palavras, guardas os suspiros, os pensamentos ficam fechados no teu casulo! Tens vontade de gritar, mas falas baixinho, tens vontade de explodir, e apenas libertas um sorriso. A tua dor pode ser infinita, como tudo aquilo que podes alcançar, mas arranjas sempre um canto dentro de ti, onde ela possa adormecer, como adormecidos estão os teus sentidos. Caminhas sozinho, tu e a tua dor, tu e o teu olhar, tu e apenas tu... Pareces perdido no meio de um oceano de dor, tanta gente a tua volta, tanta palavra, inúmeras histórias, das quais tu apenas és mais uma vírgula. Será que algum dia, alguém vai ouvir os teus gritos, como poderão ouvir se eu grito para dentro, gosto de falar, falo como se não existisse amanhã, falo e deixo sair um sorriso forçado, para me aconchegar perto de quem está bem, como se esse alguém fosse o meu ninho num di
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