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O nosso degrau...

O rio secou as flores murcharam, a chuva essa não, não pára e não deixa de inundar os meus olhos que teimam em fechar-se para viver todos os momentos, todos os momentos que eu esperava não reviver mas sim viver.
Não sei qual o motivo que leva o meu coração a bater, os meus lábios quando teimam em tentar sorrir tremem, tremem, tremem tanto num bailado a dois, sem ritmo sem sequência, sem vontade. Não quero a noite, não quero a esperança não quero nada quero-te apenas a ti, ouvir o teu sorriso as tuas histórias, sentir o teu cheiro que teima em partir. Esta chuva, esta maldita chuva que não me abandona, que teima em regar uma flor que está tão seca que nenhuma água deste mundo poderia fazer mudar o seu rumo.
Volta estou aqui naquele degrau em que tantas vezes te dei colo, naquele degrau no qual fiquei a primeira vez que foste para a escola, naquele degrau em que te vi chegar com a primeira grande paixão.
Vou ficar aqui, tu sabes isso tu sempre soubeste isso, que ingrata é esta passagem quando quem devia de passar devagar passa a andar passa a correr. Não vou tentar levantar-me pois nem as minhas pernas deixavam, nem eu quero. Quero ouvir aqueles sapatos de sola que entoavam a rua, e me diziam que tu ai vinhas e que voltavas a saltar para o meu... para o teu colo!!!
Como é possível alguém partir sem dizer um adeus, sem ouvir um amo-te, sem deixar o seu cheiro...

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